A confusão entre «DE» e «COM» pode baralhar a compreensão das coisas.

Muito se fala «DE muçulmanos», «DE cristãos», «DE judeus», «DE agnósticos» e «DE ateus». Um pouco menos «DE panteístas», por exemplo, mas deve ser por terem menos cota de mercado. Não seria mais proveitoso falar «COM muçulmanos», «COM cristãos», «COM judeus», «COM agnósticos» e «COM ateus».
Talvez por este facto alguns dos maiores cemitérios do Divino tenham surgido em faculdades de Teologia, Habitat´s de especialistas em pensarem e falarem «DE Deus» ao invés de «COM Deus». Vem-me à memória a adolescência e a paciência necessária para os peritos em conversar «DE mulheres», acumulando esta liderança com a inexperiência de conversar «COM mulheres», contribuindo para uma clara iliteracia do feminino. Como professor vou ambicionar conversar mais «COM alunos» do que manter conversas em torno «DE alunos».