Estamos em matérias em que os erros, falhas, deturpações e ilimitados novos dados podem sempre aparecer. Com esta consciência e procurando rigor submeto-me a todas as correcções e aceito todos os contributos dos que interessados desejem realizá-las, após terem tido a paciência de se debruçarem sobre o que aqui é apresentado.
Árvore Genealógica Nº1 (FREITAS da Madalena do Mar)
XVII Geração
Nuno de Freitas, morador em Lagos (Algarve).
Consultar: Henriques de Noronha, Henrique (1700), Nobiliário da Madeira, in Título Freitas d´a Magdalena, Tomo II, Funchal.
16.1 João Rodrigues de Freitas (que segue).
16.2 Violante de Freitas casada com Garcia Rodrigues da Câmara filho terceiro de João Gonçalves Zarco.
Notas Históricas para se compreender melhor as relações familiares entre os FREITAS e os CAMARA LOBOS filhos de João Gonçalves Zarco:
A)João Gonçalves Zarco (1394/1467) participou na tomada de Ceuta e na primeira tentativa da de Tânger. Descobridor da Madeira (1418/20), foi Donatário e Governador da Capitania do Funchal, doada pelo Infante Dom Henrique em concessão do seu sobrinho o Rei Dom Afonso V (1432/1481). Recebeu do Monarca o Brasão de Armas e o “acrescentamento” do nome “Câmara de Lobos” derivado da gruta em que desembarcou, habitada por lobos-marinhos.
B)Relativamente aos filhos de João Gonçalves Zarco houve uma preocupação Régia de os casar no seio da Nobreza emergente com os Descobrimentos e Expansão Portuguesa. Só assim de explica a preocupação de Dom Afonso V em enviar à Ilha da Madeira fidalgos com esse objectivo:”Ahi vos mando quatro fidalgos para casardes vossas quatro filhas, que se vos os datarei a elles segundo suas qualidades, eu vos haverei por muito honrado, e a elles por bem dotados”.
1. João Gonçalves Zarco da Câmara de Lobos, casado com D. Constança Rodrigues de Almeida de Sá, teve os seguintes 7 filhos:
1.1 João Gonçalves da Câmara (2º Capitão da Jurisdição do Funchal que “herdou a casa do seu Pai” casou com D. Maria de Noronha. De uma Aia de sua mulher, Isabel Lopes (minha XVI antepassada) teve um filho, chamado Garcia da Câmara, antes de casar com João Rodrigues de Freitas (meu XVI antepassado). Perfilhado e aceite no matrimónio canónico entre o 2º Donatário e D. Maria de Noronha, aí foi criado juntamente com os restantes filhos:”foi muito amado de seu pae, e de seus irmãos, em cuja casa se criou sem distinção de legítimo e bastado, e em seu testamento lhe deixou em sua terça quatro centos mil reis, morreu em
1.2 Rui Gonçalves da Câmara. Casado.
1.3 Garcia Róis ou Rodrigues da Câmara casado com Violante de Freitas irmã de João Rodrigues de Freitas (meu XVI antepassado), ambos filhos de Nuno de Freitas (meu XVII antepassado).
1.4 Beatriz Gonçalves da Câmara casou com Diogo Álvares Cabral, cujo irmão, Fernão Álvares Cabral, foi pai de Pedro Álvares Cabral descobridor do Brasil.
1.5 Isabel Gonçalves da Câmara.
1.6 Catarina Gonçalves da Câmara casada com Garcia Homem de Souza.
1.7 Helena Gonçalves da Câmara.
XVI Geração
João Rodrigues de Freitas (??/1523), “O Velho”, natural de Lagos, Algarve, viveu “n’o logar d’a Magdalena d’o mar, onde morreu, e se sepultou n’a Egreja d’a Magdalena, que era sua em 1523”.
Um dos navegadores lacobrigenses participantes na expansão portuguesa iniciada com o Infante Dom Henrique..Consta entre os “Navegadores Celebres” citados na Monografia de Lagos nas páginas 51 a 65, da autoria de Manuel João Paulo Rocha, ed. Algarve em Foco editora, 1991 (1ª edição 1909). Concretamente sobre João Rodrigues de Freitas é dito: “Este navegador lacobrigense foi um dos povoadores da Ilha da Madeira e ahi casou com a viúva de Henrique Allemão. Morta esta senhora, passou a segundas nupciaes com Isabel Lopes, e ambos instituíram na mesma Ilha o morgado da Magdalena”. Págs. 59 e 60.
-Um dos primeiros colonizadores da Ilha da Madeira e responsável pela linhagem dos FREITAS D´A MAGDALENA. Foi cunhado de Garcia Róis ou Rodrigues da Câmara filho terceiro de João Gonçalves Zarco: “o primeiro que veio a ésta Ilha”.
Casou 1º com a viúva de Henriques Alemão de apelido Annes. Por morte desta sua primeira mulher veio a herdar os seus bens: “a qual o deixou por herdeiro de seus bens n’aquelle logar; e segundo consta d’o inventario que deste 1.º matrimonio deu o dicto João Rodrigues de Freitas”.
Notas históricas: Em 1440 João Gonçalves Zarco doou a Henrique Alemão “as terras de sesmaria na Madalena do Mar”. No dia 18 de Maio de 1457 esses bens fundiários estiveram na base do surgimento de um morgadio.
Relativamente a Henrique Alemão, que deixou viúva a que viria a ser a primeira mulher do meu XVI antepassado, João Rodrigues de Freita, é possível se saber o seguinte, relativamente ao seu falecimento: ”Ao morrer, Henrique Alemão foi sepultado sob uma rocha chamada de Cabo Girão, local onde morreu esmagado por uma quebrada que do Cabo Girão caiu sobre o barco em que ia da cidade do Funchal para a Madalena. Sua viúva veio a casar em segundas núpcias com joão Rodrigues de Freitas. Ainda agora existe à cima da Vila da Ponta do Sol, a Fajã do Alemão, que o povo por corruptela denomina “do Limão”. Algumas relíquias suas estão na capela da Madalena”. Fonte: www.interativa.org/annes.
Após enviuvar casou com Isabel Lopes ( minha XVI antepassada): “Casou 2.ª vez n’o anno de 1490 com Izabel Lopes, que fôra aia de D. Maria de Noronha, mulher de João Gonçalves d’a Camara, 2.º Capitão d’esta jurisdicção d’o Funchal, e em quem lhe havia tido a Garcia d’a Camara, se filho natural: era a dicta Izabel Lopes natural de Guimaraens, em Portugal, e filha de Gonçalo Pires, e de Constança Lopes”: Consultar Nobiliário da Madeira em Freitas d`a Magdalena. (fol.58 e verso).
Apontamento histórico: No ano de 1480 ocorreu uma celebração de escritura de venda das terras do Curral das Freiras, propriedade de Rui Teixeira, a João Gonçalves da Câmara.
Do 1º Casamento dois filhos:
15.1 Francisco Rodrigues, Clerigo.
15.2 Catharina Rodrigues, mulher de Estevão Fernandes, e d’estes nasceu uma filha que casou com o Dr. Vasco Affonço.
Do 2º Casamento sete filhos:
15.3 João Rodrigues de Freitas, o Môço: “filho 1.º de João Rodrigues de Freitas, succedeu n’o morgado de seus pais.Casou
15.4 Pedro Rodrigues.
15.5 Fernão Lopes de Freitas (que segue).
15.6 Mem Rodrigues de Freitas, que passou á Índia, onde morreu.
15.7 Joanna Rodrigues, mulher de Vicente Delgado, filho de Pedro Delgado, “o Nabo”, e de Izabel Fernandes, a “Velha d’a Serra”, em título de Delgados.
15.8 Leonor Rodrigues de Freitas, mulher de João Affonço Henriques, filho de Affonço Ennes e de Barbara Henriques, em título de Henriques Alemões.
15.9 Francisca Rodrigues de Freitas mulher de Mapheu Rugel de Tassis, filho 2.º de Ruger de Tassis, e de Alegre d’Alvito. Fidalgo italianno e gentil homem d’a Camara d’o Imperador Maximilianno e seu Monteiro Mór, o qual Mapheu Rugel passou á Hespanha a servir o officio de Correio Mór por morte de seu irmão primeiro João Baptista de Tassis (2), c. g. Como testifica Haro n’o seu Nobiliario (T.º 2.º, L.º 6.º, f. 36, onde erradamente lhe chama Catharina, e não Francisca).
XV Geração
Fernão Lopes de Freitas casou com Francisca de Frias.
-Cavaleiro da Ordem de Cristo (COC).
-Fidalgo da Casa Real (FCR) d`El Rei Dom João III.
-Militou na Índia e foi Alcaide em Tanger: “Serviu n´a Índia, d´onde voltou a Portugal por matar em desafio a um fulano Sardinha, e d´ahi passou a África, onde serviu, e lhe fez El-Rei mercê d´o habito de Christo com a Alcaidaria Mor de Tãngere”. Consultar: Henriques de Noronha, Henrique (1700), Nobiliário da Madeira, in Título Freitas d´a Magdalena, Funchal, Tomo II, (fol.64/verso).
Tiveram 5 filhos:
14.5 Jerónimo de Freitas de Frias (que segue).
XIV Geração
Jerónimo de Freitas de Siqueira (????/1578) casado com Constança de Reboredo.
-Cavaleiro da Ordem de Cristo (COC).
-Alcaide-do-Mar (impropriamente certos genealogistas apresentam o cargo como Alcaide-Mor de Tanger): “e recebeu a seu pae n`a Alcaidaria Mór de Tãngere, onde servia com muita satisfação”, consultar a obra de Manuel Thomaz, Insulana L.º9º.Tit.122 e Nobiliário da Ilha da Madeira, título Freitas da Magdalena (fol.65).
-Como Alcaide-do-Mar deve-se ter deslocado de Tânger a Lagos para acompanhar, pessoalmente, S. A. R. Dom Sebastião na fase final da sua viagem até Marrocos. Explica-se assim a seguinte descrição no Foro de Cavaleiro Fidalgo com Acrescentamento de Morada do seu Bisneto, meu XI antepassado (Diogo Banha de Sequeira, descrito nesta árvore genealógica): “Bisneto de Jerónimo de Freitas de Sequeira, Alcaide Mor que foi da mesma cidade, que passou a África com o Senhor Rey Dom Sebastião, que Santa glória haja, por Adail de outo centos de cavallo em cuja occazião o matarão os mouros”: “Famílias Nobres do Algarve” da autoria do Visconde de Sanches de Baêna, 1900/I Volume pág. 83.
-Foi morto na batalha de Alcácer Quibir em 1578.
Tiveram 3 filhos:
13.3 Catarina ou Maria de Frias (ou de Reboredo) de Freitas (que segue).
XIII Geração
Maria de Reboredo de Freitas casou em 1584 com Sebastião Banha de Siqueira.
Biografia do Marido:
-Cavaleiro Fidalgo da Casa Real (CFCR) e Cavaleiro da Ordem de Cristo (COC).
Pelo menos uma filha:
12 Constança de Reboredo
XII Geração
Constança de Reboredo (1596/1645), nasceu em Tanger (Sé), foi baptizada a 20 de Abril de 1596 e morreu nessa cidade no mês de Junho de 1645 com “peste”, casou com Luís Villes ou Vellez (??/1653), era filho de Francisco de MENEZES (Cavaleiro da Ordem de Cristo em 1613) e de Catarina Madeira
Biografia do Marido:
-Cavaleiro Fidalgo da Casa Real (CFCR) e Cavaleiro da Ordem de Cristo (COC) em 1636.
-Em 27 de Agosto de 1648 teve mercê de 30$000 de tença por ano e de um Ofício de Justiça ou Fazenda para o casamento de uma sua filha, e a promessa de uma Comenda obrigatória passar, por sua morte, a seu filho António.
-Esteve 7 anos preso.
“Estando prisioneiro dos espanhóis em 14 de Junho de 1644 foi recomendado com particular atenção ao Conselho de Guerra para tratar da sua liberdade por troca com alguns prisioneiros de Tânger e a 16 desse mês foi determinado a esse mesmo Conselho que fossem passadas as ordens que a sua mulher solicitasse para se fazer a troca entre algum castelhano que estivesse preso em Portugal, indicando esta para o resgate de seu marido os capitães D. Miguel Ramirez de Guevara e D. Manuel Rodriguez Montañez. Em 27 de Agosto de 1648 teve mercê de 30$000 rs. De tença por ano e de um ofício de justiça ou Fazenda para o casamento de uma sua filha, e a promessa que tem da Comenda obrigatória passar por sua morte a seu filho António, pelos seus serviços no aprisionamento de uma setia de mouros no Cabo de Santa Maria, Tânger e Barbaria, e sendo aprisionado pelos castelhanos sofreu na cidade de Gibraltar sete anos de prisão, conseguindo fugir para França”.
-Morreu em 12 de Dezembro de 1653.
Tiveram 6 filhos:
11.2 Diogo Banha (que segue).
XI Geração
Diogo Banha de Siqueira (1616/??), foi baptizado na Sé de Tanger a 8 de Maio de 1616, casou a 2 de Novembro de 1640 com Maria Tavares Lopes(1625/??).
-Capitão de Cavalos, serviu na Cidade de Tanger com “armas e cavalos à gineta”, durante 10 anos e nove meses, sendo um dos Conjurados de Tanger que aclamaram Dom João IV na mesma Cidade.
-Foi Escrivão do Almoxarifado de Tanger.
-Procurador da Cidade de Tanger. No Foro de Cavaleiro Fidalgo reproduzido na obra “Famílias Nobres do Algarve” da autoria do Visconde de Sanches de Baêna, 1900/I Volume pág. 83, é mencionado “(…) e achando-se em todas as ocasiões de guerra, que no dito tempo se oferecerão, numa das quais foi ferido com uma bala, e ser um dos sete cavaleiros conjurados que aclamaram o dito Senhor na dita cidade, por cujos respeitos o General D. Gastão Coutinho o encarregou do cargo de Procurador da dita cidade (…)”.
- Comandou três navios com o objectivo de desalojar o Cabo Espartel, numa empresa em que foi tomado um navio aos “mouros”. Agraciado pela Coroa é mencionado no Alvará de 2 de Março de 1651 relativo ao “Foro de Cavaleiro Fidalgo com acrescentamento de moradia” (livro 3 da Matricula, folha 416,V.) o seguinte: “lhe faz mercê de lhe acrescentar duzentos reis mais em sua moradia por mês, com o dito Foro de Cavaleiro Fidalgo e um alqueire de cevada por dia”.
- Cavaleiro Fidalgo da Casa Real (CFCR) (Alvará de 20 de Abril de 1662, registado no Livro 5 de Matrícula, fls.416) e Cavaleiro da Ordem de Cristo (COC).
Nota: Diogo Banha casou primeiro com Luísa Vieira de Figueiredo a 24 de Outubro de 1638, viúvo casou com Maria Tavares a 2 de Novembro de 1640, de quem descendo.
Filhos: Só se conhece descendência do 2º Casamento:
10.1 Constança de Reboredo de Freitas (que segue).
X Geração
Constança de Reboredo de Freitas ou Frias (1656/??), nasceu em Tanger (Sé) e foi Baptizada a 28 de Abril de 1656, casou em Lagos a 25 de Janeiro de 1671 com Manuel Tavares Lopes (1639/1702), nascido a 13 de Fevereiro de 1639 em Tanger (Sé) e falecido a 2 de Novembro de 1702.
Biografia do Marido:
-Foi Baptizado em 25 de Dezembro de 1643, em Tanger.
-Cavaleiro da Ordem de Cristo (COC) por Alvará de 12 de Fevereiro de 1672 (Chancelaria da Ordem de Cristo, Liv
-Relativamente ao Matrimónio: ”Aos vinte e cinco dias do mez de Janeiro de mnil seis centos e setenta e um o Reverendo Prior e Licenciado Francisco Vieira, recebeu na forma do Sagrado Consilio Tridentino, na Ermida de Nossa Senhora da Graça, com a licença do Senhor Deão Provisor deste Bispado, a Manuel Tavares Lopes, filho de Francisco Lopes Tavares e d. Maria Vellez de Bettencourt, com D. Constança de Reboredo de Fruías, filha de Diogo Banha de Sequeira e de D. Maria Tavares Lopes. Forão dispensados em segundo e terceiro grau. Foram testemunhas Lopo Fernandes Lopes e Francisco Vellez e Balthazar Lopes Tavares, dia, mez e anno ut supra”.
-Moradores em Tavira, in Telles Moniz Côrte-Real, Miguel Maria (2003), Fidalgos de Cota de Armas do Algarve, Edição do Autor, Lisboa, pág. 145.
Reflexão Histórico/genealógica
I) A minha ligação de parentesco directo com os Câmara Lobos, Donatários e Governadores da Capitania do Funchal (Madeira), faz-se não por via da família Freitas, como efectivamente ocorreu e ficará explicado no ponto II, mas mediante a minha XIV Avó (XVI antepassada) Isabel Lopes.
O meu XVI antepassado (João Rodrigues de Freitas) quando casou com a minha XVI antepassada (Isabel Lopes), no ano de 1490, tinha dois filhos do 1º casamento realizado com uma viúva de Henriques Alemão de quem não se conhece se não o apelido (Annes). Por sua vez a minha antepassada Isabel Lopes, no estado de solteira e na condição de Aia da mulher do 2º Capitão Donatário do Funchal, D. Maria de Noronha, teve de João Gonçalves da Câmara um filho que, na época, podendo ter o tratamento bastardo, o relato que nos foi legado indica-nos que foi perfilhado e aceite no matrimónio do Capitão Donatário “amado de seus pais e de seus irmãos em cuja casa se criou sem distinção de legítimo e bastardo”. Facto que leva a se concluir que tal filho, Garcia da Câmara, não foi criado e educado na companhia da sua mãe natural Isabel Lopes.
II) A ligação dos Freitas da Madalena do Mar com os Câmara Lobos, Donatários e Governadores da Capitania do Funchal (Madeira), ocorreu por via do casamento de Garcia Róis ou Rodrigues, filho terceiro de João Gonçalves Zarco da Câmara (1º Donatário e Governador da Capitania do Funchal) e de D. Constança Rodrigues de Almeida de Sá, com D. Violante de Freitas, irmã de João Rodrigues de Freitas (meu XVI antepassado), ambos filhos de Nuno de Freitas (meu XVII antepassado).
III) Uso e desuso do apelido Freitas na minha linha familiar.
A partir deste momento é por via feminina que se mantém a ligação com a família Freitas, mas não desaparecerá de imediato na forma de apelido. A minha XII antepassada D. Constança de Reboredo de Freitas casada com Luís Velez de Menezes não usará os apelidos paternos.
O seu filho, o meu XI antepassado Diogo Banha de Siqueira, vai buscar os apelidos do seu avô materno. Viúvo de D. Luísa Vieira de Figueiredo, casou a 2 de Novembro de 1640 com D. Maria Tavares (minha XI antepassada) vindo a ser, menos de um mês depois, um dos Conjurados de Tanger que aclamaram Dom João IV na mesma Cidade. Foi Escrivão do Almoxarifado de Tanger e Procurador da Cidade de Tanger
Curiosamente a sua filha D. Constança de Reboredo de Freitas casada com Manuel Tavares Lopes recupera o apelido e até tem o nome exactamente igual ao usado pela sua avó paterna ou, para evitar confusões, usa também o Frias. Nascidos, ambos, em Tanger casam-se em Lagos o que denunciam a vivência de um acontecimento histórico português que na altura suscitou amplas paixões.
Com o contrato nupcial da Infanta Dona Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra, ocorrido em 1661 e que constou da cedência a Inglaterra de Bombaim, Tanger e de 2 milhões de cruzados, as famílias portuguesas “tangerinas são despejadas”. Naturalmente regressam muitas ao Algarve, terra dos seus antepassados. É o que explica o regresso dos que estão aqui em análise, casados em Lagos no ano de 1671. Fecha-se um ciclo de expansão e circulação demográfica.
Volvidas 8 gerações o apelido Freitas passa a pertencer à mera memória patrimonial familiar de alguns e no contexto de 17 é quase motivo de ignorância colectiva.
1 comentário:
Será esta a mesma Senhorinha Annes?
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=40624
Questão em aberto aqui:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=240453
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